Páginas

quinta-feira, 8 de março de 2012

Mulher que matou filha de vereador em Lapão estava "possuída", diz marido!


Mulher que matou filha de vereador em Lapão estava "possuída", diz marido

Maria de Fátima deu um brigadeiro a Júlia com tranquilizantes. Depois, amarrou um saco plástico na cabeça da criança e a colocou dentro de uma fossa


Quando ocorre um crime como o assassinato da menina Júlia Lima Rodrigues de Souza, de apenas 8 anos, na cidade de Lapão, além da dor, fica um mistério: porque alguém atrairia e doparia uma criança com um brigadeiro, para depois matá-la? Enquanto a polícia investiga, todos os que cercavam  Maria de Fátima dos Santos, 48 anos, assassina confessa da garota, se vêem as voltas com essa questão.


Quem mais ficou surpreso foi o próprio marido da assassina, Valdivino Rodrigues Macedo, que desde dezembro está em Minas Gerais a trabalho. “Ela era meio nervosa, mas nunca fez nada que eu pudesse imaginar uma coisa dessa. E se dava muito bem com a menina (Júlia). Acho que ela estava possuída. Não foi ela naquele momento”, assegura.
No entanto, o pai da vítima,  o vereador Getúlio Silva, já começou a desconfiar de Maria de Fátima antes que ela confessasse o crime no último dia 5, por saber que ela foi a última pessoa a ver sua filha. Mas sua mulher, Núvia Carlane Souza, 41 anos, nem cogitou que  ela fosse a assassina. “Minha mulher não conseguia acreditar que poderia ser ela. Júlia já dormiu  na casa dela, brincava com a filha dela”, relata ele.
Maria de Fátima deu um brigadeiro a Júlia com tranquilizantes. Depois, amarrou um saco plástico na cabeça da criança  e a colocou dentro de uma fossa. Ela confessou o crime, na segunda-feira à noite, em depoimento á polícia.
Segundo os pais da vítima, a relação entre as duas famílias era de confiança. “A única amiga da menina era minha filha, porque ela era superprotetora, só andava agarrada com a filha”, lembra a mãe Núvia, diretora da Escola Municipal Antônia Gaspar, onde sua filha e a da autora do crime estudavam.
Adoção
A dedicação de Maria de Fátima à sua própria filha poderia ser explicada pela início da relação entre as duas. Segundo seu marido, ela, que teria dois filhos adultos em Alagoas - sua terra natal - quis adotar uma criança no início do relacionamento.
“Nena, uma menina que trabalhava com a gente, já tinha uns sete, oito filhos e estava grávida de cinco meses. Alguns dias antes do parto, levamos ela para Barreiras e adotamos a criança ainda recém-nascida. Mas depois Nena voltou para sua terra, Buriti Seco, e morreu no parto de outro filho”, contou Valdivino.
Apesar do crime brutal, Valdivino pretende visitar a mulher. “Quero conversar com ela, saber o que aconteceu. Estava tudo bem quando eu saí de lá”, diz ele.
Igreja Quando Maria de Fátima chegou em Lapão há quatro anos se converteu, junto com o marido, na Igreja Batista Missionária. Segundo Valdivino, ela frequentou a igreja por algum tempo, mas depois abandonou a religião e, em suas palavras, “se desviou”.
A mãe da vítima conta que no período que Maria de Fátima estava frequentando a Igreja Batista Missionária dizia que não se sentia bem quando entrava no templo, chegava a se arrepiar e, por isso, deixou frequentar o culto. Além disso, acrescentou Núvia Carlane, muitas pessoas que frequentavam a igreja não se sentiam bem com a presença de Maria de Fátima.



Nenhum comentário:

Postar um comentário